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Novidade na gestão de lavanderia hospitalar

Engana-se quem pensa que os processos de lavanderia hospitalar resumem-se em coletar, lavar, secar, passar, dobrar e distribuir. A área envolve muitos outros setores e exige um elevado controle de infecções, buscando a eliminação de microrganismos patogênicos.

 

A lavanderia hospitalar pode ser gerenciada pelo próprio hospital, dentro de sua estrutura, pode ser terceirizada, mantendo o espaço instalado na intituição (insourcing), ou pode ser terceirizada em um sistema externo (outsourcing), liberando a área física dos hospital para outros investimentos.

 

A opção pela terceirização, no entanto, tem se tornado mais frequente nas intituições e as empresas que oferecem o serviço têm se especializado no processo. Uma das novidades em nosso Estado é o uso de ôzonio em substituição ao cloro tradicionalmente utilizado.


A Chanceller, empresa do grupo White Martins, que hoje trabalha com serviços integrados, desenvolveu e patenteou um processo de tecnologia de ozônio, ao lado da parceira Susuki, empresa responsável pela fabricação das máquinas, que desenvolveu máquinas especiais para o projeto, a pedido da Chanceller.

 

A utilização do ozônio em substituição ao cloro é inédita no Estado, mas desde 1996 a Chanceller já vem utilizando a nova técnica aliada a uma lavanderia moderna em Curitiba, focada na área hospitalar. O Manual de Lavanderias a ser editado pelo Ministério da Saúde com autoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) cita e regulamenta as instalações para a utilização da técnica, que já está inserida nas normas da Associação Nacional das Empresas de Lavanderia (ANEL).

O plano de expansão da Chanceller abrange as principais capitais do Brasil em termos de mercado, considerando incentivos oferecidos pelos municípios e condições da água da região. A cidade escolhida no Rio Grande do Sul para acolher a lavanderia é Ivoti, que dará cobertura às cidades de Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Caxias, Bento Gonçalves, Gramado e Canela, entre outras.

 

A atuação da lavanderia será em um raio de 150 km, como ocorre em todas as unidades no País, que obedecem a um padrão de serviço e atendimento e oscilam com capacidades de 25 toneladas e 15 toneladas. A de Ivoti começa a operar a partir de fevereiro com a possibilidade de atender à demanda de 25 toneladas/dia. "Não é uma mega-lavanderia, mas busca qualidade, em uma escala em que podemos acompanhar a roupa do cliente", conta o engenheiro industrial/mecânico Gilberto Galli, gerente de negócios de Serviços Medicinais da América do Sul da White Martins Gases Industriais.

 

Entre as metas, pretende-se chegar ao final de 2002 com pelo menos 60% da capacidade. Tanto hospitais de pequeno porte, com 50 leitos, quanto instituições maiores podem participar. A lavanderia de Ivoti conta com 11 lavadoras, sete secadoras (inteligentes), quatro calandras e duas dobradeiras. A estrutura de coleta é terceirizada, com veículos padronizados e definidos.

Conforme Galli, o hospital não está muito interessado em terceirizar sua área de lavagem, ele quer terceirizar a lavanderia, que envolve serviços integrados e exige uma gama maior de cuidados. ""Ele quer sair do negócio, da atividade-meio que é a lavanderia, que consome uma energia e é uma área contaminada, que pode ter problemas de infecção hospitalar. Então entendemos que tínhamos de deixar de atuar apenas na área de lavagem e ter uma lavanderia com toda a cadeia, da coleta a entrega"", diz.

 

O tempo de todo o processo é negociável caso a caso. Em empresas com escalas acima de cinco toneladas/dia é normal ocorrer uma terceirização dentro do próprio hospital (insourcing) e a Chanceller também está preparada para isso, conforme a necessidade do cliente. Para qualquer tipo de terceirização existe um processo de coleta com o tempo de lavagem e de volta, e o hospital tem de fazer suas adequações em relação ao enxoval. O ideal é trabalhar com pelo menos quatro peças.

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